segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Review Cultural

 


A III Semana de consciência Negra da UFJF , tem rendido bons frutos até os dias atuais e parte considerável disso deve-se a conferência mediada pelo professor Julvan Moreira, tendo como convidado o professor e doutor em educação Alexsandro Santos, discutindo um assunto muito pertinente, a respeito do impacto da Covid-19 nas políticas publicas de educação.

Levando em consideração os aspectos de desigualdades dentro do sistema educacional e também no exterior dele, são apontados alguns vetores que irão influenciar diretamente nesse sentido, como por exemplo raça, nível socioeconômico e gênero.                                                                                                                       

Existe também uma falta de articulação e coordenação das políticas publicas, que já perdura desde antes do cenário pandêmico, e com a chegada dessa nova condição os problemas tiveram um agravante ainda maior.

O professor Alexsandro, explica que no cenário de pandemia aqueles que já eram vulneráveis dentro do sistema escolar ficam ainda mais desassistidos, principalmente por conta do método de ensino remoto.                                                                                                                                      

Os impactos econômicos aumentaram, visto que boa parte dos trabalhos que continuaram em funcionamento, foram trabalhos mais precários, boa parte deles ocupados por negros, que pela necessidade passaram a deixar as crianças em casa, visto que as escolas já estavam interditadas.

Além disso, boa parte das crianças tinham a melhor alimentação dentro do âmbito escolar, com o fechamento das escolas muitos ficaram expostos a insegurança alimentar e subnutrição.

Certamente a pandemia foi um agravante que expôs ainda mais a alta desigualdade presente no sistema brasileiro e também os efeitos do racismo estrutural.      

 Entretanto, sempre foi algo presente no país, e é de extrema importância que as políticas publicas entre em vigor de forma emergencial, que o planejamento  de saúde e educação caminhem juntos.                                                                                                         

Somente dessa forma será possível levar um pouco de igualdade aos mais vulneráveis, e consequentemente fazer com que haja uma desestratificação social em vários níveis.