segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Review Cultural


Em uma conferência que constituiu um dos conteúdos da III Semana De Consciência Negra Da UFJF, teve como mediador e anfitrião o professor Julvan Moreira, trazendo uma convidada super renomada e influente em tudo que diz respeito a causa discutida no evento em questão.

A convidada em questão foi a professora e psicologa Mafoane Odara, que possuí um nome  oriundo do continente africano. Tendo referências de ativismo desde a infância em conjunto com as relações sociais, obteve uma construção da negritude muito cedo, formando uma trajetória pautada na defesa dos direitos humanos, e também possuindo alguns trabalhos com organizações de mulheres negras, no intuito de levar  discussões a respeito da saúde,  principalmente das mulheres e homens negros no mercado de trabalho.

Pontuando a equidade de raça e gênero, a professora explica que para movimentar as estruturas sociais é necessário que haja uma mudança em relação ao lugar que as mulheres pretas ocupam. Estas, por estarem na base da piramide social, quando ocorre mudanças em  seus âmbitos empregatícios, consequentemente todo o resto da estrutura sente o impacto, para o povo preto, com certeza o impacto é positivo. 

Como já mencionado, sua luta se dá principalmente no âmbito da saúde, onde tem sua ocupação como psicologa,  revelando  experiência e percepção de vários comportamentos sociais, ela explica a importância das ações afirmativas e maneira como essa medida age em relação ao processo de integração de negros nas graduações e no mercado de trabalho.

Mafoane explica que a construção de um espaço que seja positivo para as mulheres pretas no mundo do trabalho,  devem considerar que seja necessário criar espaços de atração, desenvolvimento e manutenção  para que estas mulheres não sejam excluídas desse âmbito. Além disso, é necessário a implementação de metas e ações afirmativas, que possibilitariam a modificação das desigualdades que levariam anos para serem alteradas . É necessário também, estabelecer relações internas e externas que valorizem a diversidade, levando representatividade para essas empresas.

O ativismo sempre foi uma missão de extrema importância nos mais variados espaços, e a capacidade de liderar , construir pontes e relações sociais é essencial para que o povo preto possa continuar o processo de acensão; Independente do lugar de ocupação, seja no corporativo, na saúde, no executivo  ou em empresas, com as indagações certas temos o poder de transformar esses espaços de formas  positivas,  para que assim o plano, as metas  e o legado sejam solidificados e concluídos no tempo certo, alcançando nosso principal objetivo, a EQUIDADE.

O vídeo completo e na íntegra se encontra disponível  em nosso canal do YouTube , intitulado como ''Semana De Consciência Negra Da UFJF''

Acesse pelo link :https://youtu.be/kDXd7ltIdfg 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Review Cultural



A III Semana de consciência negra da UFJF,  ocorreu de forma virtual, com conteúdos variantes sobre a temática indo de oficinas até conferências.

De forma inicial a mesa da professora Fernanda Thomaz contou com duas convidadas bem influentes no cenário, as professoras, Artemísia Candé e Graça Lweji  que de forma bem explicativa retrataram suas vivências como mulheres africanas residentes no Brasil, falando de assuntos relevantes como por exemplo o esteriótipo superficial criado na imaginação de muitos brasileiros em relação  aos hábitos de vida e costumes africanos, que de certa forma ilustrava um preconceito "xenoracial", sem ao menos ter um conhecimento apurado da realidade africana.

No decorrer da live,em uma trajetória esporádica, cria-se uma ponte correlacionando o sexismo e o racismo, com relatos pessoais de ambas as convidadas, dando uma atenção especial  voltada para uma visão geopolítica, já que se trata de mulheres africanas vivendo em um país estrangeiro, dessa forma, fica evidente que o enfrentamento social que elas ocupam atingem a outras esferas sociais e  de formas diferentes, e por conta disso a atuação de combate as mazelas sociais são adaptadas para obtenção de êxito, tanto em relação ao racismo, quanto em relação ao sexismo que irá ser combatido pelo feminismo, de uma maneira única para cada mulher, pontuando também a existência e a ação da sororidade  entre mulheres, principalmente entre mulheres pretas, que servirá de suporte para os diversos desafios do cotidiano.

A união entre pretos e pretas sempre será a maior prioridade, juntos somos mais fortes, e a ancestralidade mostra isso em diversos momentos das histórias africana e afro-brasileira, nesse sentindo as percepções étnico-raciais  e experiências coletivas e pessoais podem até se diferenciar de preto(a)  para preto(a) , de africano(a) para afro-brasileiro(a), entretanto, a luta busca interesses e objetivos em comum, mesmo com as variadas particularidades.

O vídeo na integra se encontra no YouTube, em um bate papo de extrema relevância que vale muito a pena conferir.

Segue abaixo o link:

https://youtu.be/Db5k1pmOz18